domingo, 13 de dezembro de 2015

"Zueira" demais, reflexão de menos: a nova direita precisa amadurecer

Gostaríamos muito de poder dizer, parafraseando Nosso Senhor, que “não só de ‘zueira’, frases de efeito e polêmicas vive a nova direita brasileira, mas de todo estudo, observação e reflexão criteriosa que sai da pena dos filósofos, da realidade perscrutável e da razão humana!”

Mas, infelizmente, considerando seriamente a nossa realidade atual, essa afirmação não seria totalmente honesta. Está meio que “na moda” afirmar posições de direita (em grande parte, devido às misérias da esquerda que nos desgoverna). E tudo o que está “na moda”, ainda que tenha razão de ser, frequentemente acaba resvalando para a superficialidade e cedendo à frivolidade reinante.

Não que a “zueira” e as frases de efeito não tenham o seu valor na guerra cultural. Elas dão uma contribuição significativa para provocar e chamar a atenção dos espíritos mais preguiçosos e superficiais. Contudo, por si só, elas não mudam nem consolidam nada! Parafraseando agora o grande Chesterton, “uma direita que não tem nada além da sua ‘zueira’, não ‘zuará’ por muito tempo!...”

Assim sendo, aqui vai uma dica valiosa para os nossos leitores neodireitistas, sobretudo os mais jovens:
Proponha-se o desafio de manter um salutar equilíbrio entre a “zueira”, a denúncia da esquerda e os deveres solitários e indispensáveis do estudo, da oração (pois, sem o auxílio de Deus, nada podemos fazer efetivamente contra o mal) e da meditação!... 

Buscar esse equilíbrio significa ganhar em integridade espiritual, em profundidade de pensamento, em sabedoria!...

Por experiência própria, garanto que cultivar a vida interior lhe fará muito bem e agregará conteúdo, criatividade e qualidade argumentativa às suas intervenções na luta cultural contra a esquerda!

Descubra o prazer das leituras substanciosas! Atualmente estou lendo um livro excelente do psiquiatra Anthony Daniels (T. Dalrymple) intitulado "Nossa cultura... ou o que restou dela - 26 ensaios sobre a degradação dos valores." e também relendo o clássico “Cartas de um Diabo a seu Aprendiz”, de C. S. Lewis. Recomendo também os livros de Russel Kirk, Thomas Sowell, Roger Scruton, Olavo de Carvalho, Peter Kreeft, G. K. Chesterton, os filósofos clássicos, os bons historiadores, como Christopher Dawson, e os sociólogos honestos, como Rodney Stark.

A oração, a meditação e a leitura farão muito mais pela sua inteligência, pela sua espiritualidade e inclusive pelas suas campanhas contra a esquerda do que muitas horas de “zueira”, controvérsias e xingatórios anti-esquerdistas!...


Não permita que a superficialidade dos modismos e a frivolidade imperante absorvam as suas melhores energias e te tornem tão pobre espiritualmente quanto uma ativista histriônica da "Marcha das Vadias"!...